Editorial COVID-19

27 de maio de 2021

Variante delta - a cepa indiana da COVID-19

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Em maio de 2021, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a variante indiana delta como uma variante de preocupação global. Desde então, órgãos de autoridade sanitária em todo o mundo vem adotando maior cautela quanto a casos de infecção dessa variante da COVID-19.  

O que é uma variante?

A variante é uma mutação do vírus. Isso ocorre quando o vírus entra na célula e se multiplica dentro dela, algumas destas cópias não são geradas de forma idêntica a original, estas cópias diferentes são as mutações e o conjunto dessas mutações formam a variante. Algumas dessas mutações chegam a não sobreviver e são rapidamente combatidas e expelidas pelo corpo humano, mas algumas sobrevivem e fazem novas cópias. Quando essas mutações diferentes são repetidas é criada uma variante. Esse processo é comum entre vírus, e ocorre com outros vírus conhecidos como o da influenza (vírus da gripe).  

Variante delta

A variante delta, também chamada de variante indiana é fruto de três mutações do Sars-CoV-2, a B.1.617, a B.1.617.2. e a B.1.617.3. Essas mutações foram identificadas pela primeira vez na Índia em outubro de 2020, mas só em maio de 2021 foram alvo de preocupação das autoridades sanitárias após a alta identificação de casos na Índia e no Reino Unido. Essas mutações são uma das principais causas da crise sanitária em que o país se encontra, chegando a ter atingido mais de 400 mil casos identificados em um só dia.  

Diferença da cepa indiana

A principal diferença agravante da variante indiana B.1.617 para o vírus não modificado da Sars-CoV-2 e outras variantes, é a quantidade de vírus necessária para ser infectado. A variante delta pode infectar as células do corpo com uma carga viral menor do que o vírus em mutações da COVID-19. Com isso, uma pessoa que teve contato com alguém infectado pela variante delta do coronavírus tem maior probabilidade de contaminação, o que causa o aumento no número de casos da doença.  

As vacinas são suficientes para conter a variante indiana?

De acordo com estudo realizado pelo PHE (Agência de Saúde Pública da Inglaterra), as vacinas Pfizer (BioNTech) e da AstraZeneca (Oxford) apresentam níveis de efetividade suficiente para o combate a mutação delta B.1.617.2 da COVID-19.   https://www.danny.com.br/blog-post/qual-a-diferenca-de-eficacia-e-efetividade-para-a-vacina-contra-covid-19/   A vacina da Pfizer (BioNTech) apresentou um resultado de 88% de efetividade em casos sintomáticos da variante delta da COVID-19 quando aplicada em duas doses. Enquanto isso, a vacina britânica da AstraZeneca (Oxford) teve um resultado de 60% de efetividade em casos sintomáticos da variante delta quando aplicado em duas doses. Até o momento, não há nenhum estudo semelhante relacionado a CoronaVac (Butantan), que aponte resultados conclusivos sobre a efetividade da vacina de origem chinesa contra a variante delta.   Para conter variantes do coronavírus é necessário a adoção das medidas de segurança sem relaxamento, uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos. Se você tem a oportunidade, tome a vacina. Com a contenção da transmissão das variantes, impedimentos que ela se prolifere e sobreviva. Acompanhe outros temas do Editorial COVID-19 para se manter informado sobre o coronavírus e saber dicas de prevenção da doença.  

Fontes: G1, CNN Brasil e JHU CSSE COVID-19 Data