Editorial COVID-19

10 de setembro de 2021

Variante Mu da COVID-19

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No boletim semanal lançado em 31 de agosto de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu uma nova mutação como variante de interesse da COVID-19, a Mu. Mas o que isso significa e qual é o impacto disso na prática da imunização de nosso país? Acompanhe este post e saiba mais sobre a variante Mu.  

O que é a variante Mu?

Identificada pela primeira vez na Colômbia em janeiro de 2021, a variante Mu, também chamada de B.1.621 é uma mutação da cepa Pango B.1.621.1, outra variante da cepa originaria do coronavírus. O que gera maior preocupação desta variante são suas propriedades potenciais de escape imunológico, isso é, há uma probabilidade maior desta variante da COVID-19 resistir as vacinas que temos hoje disponíveis para a população.  

O que é uma variante de interesse?

Categorizada pela Organização Mundial Da Saúde (OMS) como VOI, as variantes de interesse são mutações da cepa original do SARS-CoV-2. O órgão de saúde relaciona os seguintes critérios par uma cepa ser considerada uma VOI: 

  • Alterações genéticas que são previstas ou conhecidas por afetar as características do vírus, como transmissibilidade, gravidade da doença, escape imunológico, escape diagnóstico ou terapêutico;
  • Identificado para causar transmissão significativa na comunidade ou múltiplos clusters COVID-19, em vários países com prevalência relativa crescente juntamente com o aumento do número de casos ao longo do tempo, ou outros impactos epidemiológicos aparentes para sugerir um risco emergente para a saúde pública global.

A variante Mu foi enquadrada como variante de interesse em agosto de 2021 por atender estes critérios, tendo como principal ponto o potencial escape imunológico. https://www.danny.com.br/blog-post/variante-delta-da-covid-19/  

Há casos da variante Mu no Brasil?

Sim, os primeiros dois casos foram de membros da seleção colombiana masculina de futebol, durante a realização da Copa América, sediada no Brasil. O ocorrido foi em junho em Cuiabá (MT). Dados da Outbreak informam que, até agosto de 2021, a cepa representa menos de 1% dos casos no Brasil. Na Colômbia, até agosto de 2021, a Mu era responsável por 39% dos casos de COVID-19, um dos principais causadores da terceira onda da pandemia no país, que tem percentual de pessoas totalmente vacinadas muito próximo as taxas brasileiras. Segundo dados fornecidos pelo Our Word In Data, no Brasil, até a primeira semana de setembro, detinha a taxa de 31,9% da população totalmente vacinada, enquanto a Colômbia detinha o percentual de 29,7% da população como ciclo de imunização completo.  

Como se proteger da variante Mu?

Para prevenir a contaminação pela variante Mu, evite viajar a países e regiões com alta presença de casos identificados da mutação B.1.621, como: Colômbia e Equador. Caso tenha contato com alguma pessoa com suspeita ou que contraiu coronavírus e passou por estas regiões, faça o teste de identificação do coronavírus o mais rápido possível. Além disso, as medidas de segurança como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos, mesmo para os que já tomaram vacina, são extremamente úteis para contenção da circulação do vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19.   De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a melhor forma de mitigar o surgimento de novas variantes é a vacinação da população mundial, de forma equilibrada em todos os países, por isso, complete seu processo vacinal assim que possível tomando a(s) vacina(s) contra a COVID-19. Para saber sobre atualizações acerca da pandemia do coronavírus no Brasil, veja mais temas do Editorial COViD-19.  

Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Outbreak.info, Our World In Data, BBC Brasil e Exame.