Editorial COVID-19

28 de janeiro de 2021

CoronaVac: tudo que você precisa saber sobre a vacina do Butantan

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Sabemos que por todo o mundo, após a criação da vacina contra COVID-19, o assunto tem gerado grande repercussão. Muitas pessoas têm dúvidas se vão optar por tomar a vacina, ou se a vacina poderá chegar até elas, ou muitas vezes essa indecisão acontece por questões de confiança, por não terem informações claras sobre o assunto. Existem muitas pessoas com medo de colocar sua vida e a vida de quem está ao seu redor em risco com uma possível contaminação ou reação grave. Por conta disso, resolvemos reunir o que há de mais relevante sobre o assunto para que você, nosso querido leitor, sinta-se um pouco mais seguro com todas essas informações. Ainda tem dúvidas sobre o quanto esse material vai agregar conhecimento para você neste contexto tão atual? Continue lendo e surpreenda-se.  

QUEM DESENVOLVEU A VACINA CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS?

Desde o início da pandemia, muitos laboratórios estão realizando estudos para encontrar a vacina contra o COVID-19. E quando trata-se de pesquisa científica, podemos dizer que quanto maior o volume de profissionais envolvidos, mais rápido a solução será encontrada, certo? Foi pensando nisso que, aqui no Brasil, o Instituto Butantan uniu forças com o laboratório Sinovac Biotech de Pequim, China, e depois de muitos testes, finalmente chegou a CoronaVac. Segundo o próprio Instituto Butantan, a Sinovac Biotech é uma das mais renomadas biofarmacêuticas da China, atuante desde 1993 e conceituada na criação e comercialização de vacinas importantes como a Hepatite A e B, Influenza, H1N1, caxumba, entre outras. Existem outras instituições que também criaram a vacina contra o COVID-19, como a farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTech, na qual estudos apontam ter 95% de eficácia, e a AstraZeneca em parceria com a Fiocruz, que criaram a vacina de Oxford. Porém, o assunto deste texto é voltado à CoronaVac, que é a principal vacina que será utilizada no Brasil.  

COMO A CORONAVAC É FEITA?

Sobre a construção da CoronaVac, segundo o Instituto Butantan, a Sinovac já possuía uma vacina contra o vírus SARS-CoV-1, neste sentido, não foi difícil chegarem à solução SARS-CoV-2 muito rapidamente e com resultados animadores. Para que vocês possam visualizar a produção da vacina como esse marco histórico que ela representa, estruturamos algumas informações de forma detalhada. Imaginem: 

  • Dentro de uma sala de controle de qualidade e utilizando vestimentas de proteção, os cientistas utilizam gotas de um líquido transparente em pipetas, para comprovar o nível de pureza e a concentração de proteínas e alumínios no material.
  • Em outra sala, em andares inferiores, técnicos utilizando máscara, luva e touca de proteção, inspecionam a etiquetagem das ampolas de vidro em duas linhas de montagem. E nos rótulos o texto: SARS-CoV-2, Inativada.

Os testes começaram na China, com 24 mil voluntários, na qual 9 mil desse número eram brasileiros. Os resultados foram promissores, em seguida a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou mais 13 mil brasileiros para testes e não houve casos de reação grave.   Para saber um pouco mais sobre tomar ou não a vacina, veja o estudo abaixo: O Governo de São Paulo anunciou que uma pesquisa foi feita com os voluntários vacinados na China sobre as reações pós-vacina. De 50 mil entrevistados, 94,7% não sentiram qualquer tipo de reação e os outros 5,36% sentiram algo leve como dor no local da aplicação, febre moderada e perda de apetite. Além das conclusões que este estudo nos traz, é importante saber que o método utilizado para fazer a CoronaVac é o mais utilizado pelos laboratórios, onde o vírus inativo é inoculado no paciente para que seu corpo tenha a capacidade de produzir anticorpos. E, aí? As ideias estão clareando? Continuando...  

QUAIS PAÍSES UTILIZARÃO A CORONAVAC?

Além do Brasil e China, a vacina será adquirida também pela Indonésia, Turquia e Chile. A Sinovac anunciou que receberá do conglomerado chinês Sino Biopharmaceutical Limited o valor de 500 milhões de reais para o impulsionamento da produção da vacina  

QUEM TEM PRIORIDADE PARA RECEBER A VACINA?

Segundo o Ministério da Saúde, foi estabelecido que os grupos prioritários são: 

  • Profissionais de saúde da linha de frente no combate ao vírus;
  • Estudantes da área técnica em saúde que estejam em estágio hospitalar;
  • Profissionais que atuam em cuidados domiciliares como os cuidadores de idosos;
  • Funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados;
  • Idosos que vivem em asilos;
  • Pessoas a partir de 18 anos com alguma deficiência que vivem em residências inclusivas;
  • Índios que vivem em terras indígenas.

Por enquanto não há confirmação se os idosos que não vivem em asilos poderão receber a CoronaVac antecipadamente também. A Anvisa liberou o uso emergencial de 6 milhões de doses da CoronaVac e 2 milhões de doses da vacina de Oxford. Inicialmente, a vacina será gratuita e será aplicada apenas pelo Sistema Único de Saúde – SUS.   Esperamos ter cumprido a missão de agregar mais conhecimento e segurança sobre a CoronaVac. Precisamos estar preparados para essa nova fase que está chegando, e reaprender a viver sem o COVID-19. Conte com a Danny neste momento! Continue nos acompanhando para mais recomendações. Juntos, somos mais fortes na superação da pandemia.   Fontes: Sinovac, El País, Instituto Butantan, BBC News, Uol Saúde, Pfizer e Isto É.