Editorial COVID-19

04 de junho de 2021

Mucormicose: O que é o fungo negro e qual a relação com a COVID-19

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Após o início da crise signatária aguda que a Índia vem enfrentando por conta do coronavírus, estamos observando um aumento de casos da mucormicose, conhecida também como fungo negro. A doença vem acometendo muitas pessoas recém recuperadas da COVID-19, por isso, separamos este post para conhecer mais sobre a doença, como ela pode se instalar no corpo humano e sua relação com a COVID-19. Variante-delta-da-covid-19

O que é a mucormicose?

A mucormicose é uma doença causada pelo fungo mucorales que pode atingir polmões, seios da face e até o sistema gastrintestinal. Apesar de rara, tem uma alta taxa de mortalidade que vai de 50% a 60% dos pacientes, muito por conta da dificuldade em se constatar a presença do fungo no corpo humano nos períodos iniciais da doença.  

Formas que a mucormicose se manifesta

Cutânea

Forma mais simples de perceber a doença, têm como principais sintomas manchas pretas na pele, boca ou língua. 

Rinocerebral

Quando atinge os seios da face, mesmo local onde ocorre a sinusite. 

Pulmonar

Se alojando nas paredes pulmonares, geralmente progredindo das vias respiratórias. 

Gastrointestinal

Em alguns casos, além de atingir os pulmões, o fungo pode se alojar em órgãos do sistema digestivo.  

A mucormicose é contagiosa?

A mucormicose não é uma doença contagiosa. No entanto, é no cenário pandêmico que vivemos, ainda é necessário manter o distanciamento social.  

Como ocorre a contaminação pela mucormicose?

  • Respiração: Inalação do fungo do ar contaminado
  • Laceração na pele: Cortes feitos por matérias hospitalares contaminados, em locais hospitalares de baixa esterilização podem aumentar o risco de contaminação da mucormicose

 

Agravantes da mucormicose

  • Diabéticos
  • Pessoas com doenças pulmonares
  • Pessoas que fazem uso de corticoides por períodos prolongados
  • Imunossuprimidos
  • Ambientes húmidos

 

Relação da COVID-19 com a mucormicose

Não há uma relação direta entre a COVID-19 e a mucormicose, uma pessoa que contraiu coronavírus não necessariamente será contaminada pela mucormicose. No entanto, o uso de corticoides no tratamento da COVID-19 pode enfraquecer o sistema imunológico do paciente, deixando-o mais propenso a contrair a mucormicose. Além disso, a ´combinação da mucormicose pulmonar com a COVID-19 pode ser fatal para o paciente que terá o órgão muito comprometido pelas doenças. No caso da Índia, o alto número de diabéticos não diagnosticados juntamente a baixa higiene das UTIs postos de saúde potencializaram a contaminação, gerando números de casos de mucormicose mais altos que o padrão.   A mucormicose é uma doença de difícil constatação, por isso, caso tenha dores na face ou manchas na pele, procure um médico imediatamente. Quanto mais rápida a constatação, maior as chances de recuperação. Para saber sobre outras doenças relacionadas ao coronavírus, acompanhe os outros posts no Editorial COVID.

Fontes: CNN Brasil e G1